Diogo Cândido de Macedo nasceu a 22 de
Novembro de 1889 em Vila Nova de Gaia. Em 1902 matriculou-se na Academia
Portuense de Belas Artes. Em 1909, Diogo de Macedo casa com Diana Sotto Mayor.
Ainda neste ano participa na “II Exposição dos Modernistas” na Sociedade de
Belas Artes no Porto. Acabou o curso em 1911 e partiu para França (Paris) onde
frequentou as Academias de Montparnasse e a Escola Nacional de Belas Artes.
Visita a Bélgica em 1913 e no mesmo ano expõe no “Salon dos Artistas Franceses”
com Tête de Vieillard; também neste ano realizou a sua primeira exposição individual
onde se destacou o busto de bronze “Camilo”. Em 1914 rebenta a grande guerra e
Diogo de Macedo volta a Portugal. Já em 1915, em Portugal, expõe “Sociedade de
Belas Artes”, pela qual recebeu o diploma de Menção Honrosa na Secção de
Escultura. Durante o ano de 1916 Diogo de Macedo realizou a sua segunda
exposição individual na Sociedade de Belas Artes no Porto, realizando uma
terceira exposição individual na liga Naval de Lisboa. Realizou-se em 1918 a
quarta exposição individual, com lugar na Galeria Misericórdia do Porto,
denominada “Cartazes”. Destaque também, neste ano, para a criação do busto
“Retrato de Senhora”. Volta a França em 1920 aquando da construção do busto L’
Adieu. Depois de visitar a Alemanha (1922), volta a Portugal e participa na
“Exposição 5 Independentes” (1923). Realiza a sua quinta exposição individual
no átrio da Misericórdia do Porto em 1924. Cria a escultura “S. Sebastião” em
1924 e a escultura “Rio Tejo” em 1925. Volta definitivamente a Portugal,
fixando-se em Lisboa. Em 1927 cria a escultura “Sara Afonso”. Um ano depois
realiza a sexta e última exposição individual na Galeria Bobone. É-lhe
atribuída a segunda medalha na Secção de Escultura pela Sociedade de Belas
Artes, onde realizou a “Sexta Exposição Anual” (1929). Devemos destacar o
esboceto “Afonso Domingos”, o busto “António Botto” e a escultura em bronze
Sto. António magnificamente elaboradas pelo autor em 1929. Em 1930 é publicado
o seu primeiro livro intitulado 14, Cité Falguiére e busto “António Merano”. Um
ano depois visita o sul de Espanha; elabora os bustos “Beatriz Costa” e um ano
mais tarde “Florbela Espanca”. Em 1934 publica “Iconografia Tumular
Portuguesa”. Faz um estudo sobre o Infante D. Henrique para a Marinha
Portuguesa nos Açores (1935). Visita Londres e, dois anos mais tarde, visita
Itália. Em 1938 publica “Gaia a de Nome e Renome”. Em 1941 Diogo de Macedo
enviuvou e renunciou à escultura. Três anos mais tarde foi nomeado Director do
Museu Nacional de Arte Contemporânea. Em 1946 o artista casa em segundas núpcias
com D. Eva Botelho Arruda e durante o ano seguinte realiza conferências sobre
Soares dos Reis. Durante 1948 faz uma viagem a África e realiza uma exposição
itinerante sobre Arte Moderna em Angola e Moçambique. Também durante este ano
participa numa conferência sobre o Tricentenário da Restauração de Angola e
colabora em vários jornais com notas de arte. Diogo de Macedo visita o Brasil
em 1950, onde realiza conferências sobre Soares dos Reis e é nomeado Vogal da
Junta Nacional de Educação e efectua uma visita aos Açores. Três anos depois
publica “Columbano” e em 1958 “Machado Castro”. Diogo de Macedo tem uma
participação literária em “Monografias de Arte”, Assim como na primeira e segundas
séries da Colectânea “Museum”. A 19 de Fevereiro de 1959 morre, em Lisboa. Para
saber mais...
· Galeria Diogo de Macedo na Casa Museu Teixeira Lopes.